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Este é um espaço dedicado à exposição e divulgação de singelos poemas originários de um personagem fictício francês, inebriado de sonhos e embriagado com devaneios. O sobrenome de tal personagem é um trocadilho com a palavra "fantaisie" que significa devaneio em francês. Jacques é um aedo que teima em devanear por entre os não-lugares desse mundo, por sobre os valores há muito esquecidos e os sonhos que se encontram aturdidos nas malhas sócio-históricas nas quais nos encontramos. É um poeta de um mundo moderno que persiste em sua idealização idílica e fantasiosa, ora melancólica ora radiosa, sobre as intempéries do seu alucinante coração. Sem mais, espero que gostem, comentem, reclamem, sugiram e até corrijam alguns impropérios desse jovem velho cantor. Que o ar fantasiante de Jacques Fant'Aisier se faça presente a todos e que acima de tudo reine a esperança por entre a correria e pragmatismo do nosso real mundo humano. Abraços a todos os visitantes!!!

20 de mai. de 2011

O presente do guarda da memória



O presente do guarda da memória
 
Deitado em minha cama
Insone, saudoso e triste
Penso em você...
E então eis que esse pensamento
Enche-me de um mágico contentamento
Dos instantes em que estive com você...
O guarda da memória,
Dizem que ele se chama Desejo,
Para me consolar, concedeu-me a inefável glória
De me fazer lembrar de nosso primeiro beijo.
Foi um beijo envergonhado
Meigo, lento, doce e saboroso.
Em mil versos foi fantasticamente criado
O real foi melhor que o ideal, surreal e gostoso.
 
Nossos três encontros à inglesa
Pontuais, cômicos e comedidos.
Nossas entrevistas e saídas à francesa
Vários temas em mil detalhes esclarecidos.
As conversas infindáveis
Filosofias baratas e banalidades
As trocas de olhares inefáveis
A sincronia de nossas excentricidades.
 
O primeiro beijo no terceiro encontro,
A vontade marcante de querer revê-la.
O nosso contexto, distância e desencontro,
Só aumentaram a vontade de, em meus braços, tê-la.
Nossa noite de amor
Também teve que esperar.
Com trocentas visitas, não rolou,
Que enorme desejo precisamos segurar.
 
Temos todos os pré-requisitos de intensa paixão:
Luar, poemas, velas, incenso, olhar!
Quando nos tocamos, faíscas se formam pela excitação
Com a saudade e a distância a nos torturar.
Amo-te imensamente
E a cada dia mais ainda.
É uma paixão incandescente
È fogo que arde e que não finda...

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