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Este é um espaço dedicado à exposição e divulgação de singelos poemas originários de um personagem fictício francês, inebriado de sonhos e embriagado com devaneios. O sobrenome de tal personagem é um trocadilho com a palavra "fantaisie" que significa devaneio em francês. Jacques é um aedo que teima em devanear por entre os não-lugares desse mundo, por sobre os valores há muito esquecidos e os sonhos que se encontram aturdidos nas malhas sócio-históricas nas quais nos encontramos. É um poeta de um mundo moderno que persiste em sua idealização idílica e fantasiosa, ora melancólica ora radiosa, sobre as intempéries do seu alucinante coração. Sem mais, espero que gostem, comentem, reclamem, sugiram e até corrijam alguns impropérios desse jovem velho cantor. Que o ar fantasiante de Jacques Fant'Aisier se faça presente a todos e que acima de tudo reine a esperança por entre a correria e pragmatismo do nosso real mundo humano. Abraços a todos os visitantes!!!

13 de mai. de 2011

Mais uma dose de amor


"Mais uma dose de amor!”  


Somente nas bordas do impossível
Nos é possível tão grandemente amar.
Das malhas da realidade horrível
Nos sonhos posso me refugiar.
 
E nos meus sonhos
Você sempre está lá
Nos meus sonhos tristonhos
Tua ausência presente está.
 
Vejo-me em devaneio
Exagerados, irreais, utópicos demais.
Deixo-me voar sem freios
Nas névoas do passado que não volta mais.
 
Eu, triste miserável,
Desprovido da Fortuna que tu tens
Ao contemplar-te sinto-me vivo.
Faço-me herói de um drama inefável
Sendo mendigo desprovido de raros bens
E das migalhas de tua imagem sobrevivo.
 
Eu, que confesso aos pés teus
Os parcos adornos do coração meu
E declaro-me inebriado pela paixão.
Deixa-me presentear-te com o mais belo presente
Permitas que o amor sutil e docemente
Seja expresso nos versos dessa canção.
 
Eu, antes mendigo,
Faço-me agora um cantor
De algo, que nem sei como digo,
Que ninguém consegue definir direito, o Amor...
 
Tal Divindade
Singular e de complexa natureza
Me fez a bondade
De atravessar minha narcísica fortaleza,
Séria e fria, é bem verdade,
E trouxe consigo etérea beleza
E encheu minh'alma de felicidade.
 
Dizem que tudo isso é ilusão
Mas estou farto das cinzas realidades
Descritas tediosamente pela senhora Razão.
Faço mil elogios às passionais insanidades
E aqueço eternamente minh'alma de paixão.
 
Sou ainda um mero cantor
E canto como um mendigo
Que suspira, nas esquinas da vida, delirante
Que emite um inaudito singelo gemido,
Medigando por ínfima dose de raro amor,
Por teu olhar a iluminar minha vida carente.

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