Quem sou eu

Minha foto
Este é um espaço dedicado à exposição e divulgação de singelos poemas originários de um personagem fictício francês, inebriado de sonhos e embriagado com devaneios. O sobrenome de tal personagem é um trocadilho com a palavra "fantaisie" que significa devaneio em francês. Jacques é um aedo que teima em devanear por entre os não-lugares desse mundo, por sobre os valores há muito esquecidos e os sonhos que se encontram aturdidos nas malhas sócio-históricas nas quais nos encontramos. É um poeta de um mundo moderno que persiste em sua idealização idílica e fantasiosa, ora melancólica ora radiosa, sobre as intempéries do seu alucinante coração. Sem mais, espero que gostem, comentem, reclamem, sugiram e até corrijam alguns impropérios desse jovem velho cantor. Que o ar fantasiante de Jacques Fant'Aisier se faça presente a todos e que acima de tudo reine a esperança por entre a correria e pragmatismo do nosso real mundo humano. Abraços a todos os visitantes!!!

24 de out. de 2011

Teus olhos...


Teus olhos...

Em teu singelo olhar
Repousa um fulgor 
Resplandecente
Um lume alvo e cintilante.

Incandescência endotelial
Chama edulcorante
Mais que visceral,
Ardente em orgânica textura,
Carnal sedimento,
Sensual loucura.

Teu par de olhos
Narram ímpar enredo
Expõem em sussurros
Passionais segredos:

Sonhos tão sutis,
Evanescentes no frescor
Objetivo do oxigênio pulmonar.

Teu enigma é tão sincero
Que ouso, pueril e silenciosamente,
Tatear respostas convincentes
Que acalmem fugazmente
Meus mais românticos
E tresloucados desvarios.

Vejo em teus belos olhos
A gênese de etéreo sentimento
Um signo inconfundível
De um inefável contentamento...

7 de out. de 2011

Os sete milagres da criação!



Os sete milagres da criação

Aurora, nascer do sol!
Com suaves raios, tal divino farol,
Em seu alvo encanto
A iluminar o planeta
Em todos os recantos...

O mar
Com suas ondas a emanar
A inefável brisa a nos acalmar
Dos tormentos dos íntimos conflitos
Que ostentamos quando tristes e aflitos.

O perfume das rosas
Das margaridas, sândalo, jasmim
A nos preencher os pulmões.
Com frescores brancos, amarelos, rosas
Ao refletir as cores do belo jardim
Edênico, repleto de etéreas emanações.

A chuva a precipitar
Na terra sempre a renovar
A lavar do ar e da terra
Toxinas, impurezas...

O canto sublime dos pássaros
O companheirismo silencioso dos cães
A agudeza e manha dos felinos
A longevidade das tartarugas
A paciência das belugas
As piruetas dos golfinhos.

A queda íngreme das cachoeiras
O som desfilando pelos abismos
A espuma das suas corredeiras
O choque das água em maviosos sismos.

O nascimento
De um botão de flor
O florescimento de um novo amor...
De um novo matiz
De uma singela cor...

Vi surgir o lume do sorriso
A dissolver a tristeza, o duro siso.
A doce gênese de um novo ser,
A semente ínfima a amadurecer,
Tudo isso e mais um pouco
Faz surgir no peito o milagre sutil da vida.