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Este é um espaço dedicado à exposição e divulgação de singelos poemas originários de um personagem fictício francês, inebriado de sonhos e embriagado com devaneios. O sobrenome de tal personagem é um trocadilho com a palavra "fantaisie" que significa devaneio em francês. Jacques é um aedo que teima em devanear por entre os não-lugares desse mundo, por sobre os valores há muito esquecidos e os sonhos que se encontram aturdidos nas malhas sócio-históricas nas quais nos encontramos. É um poeta de um mundo moderno que persiste em sua idealização idílica e fantasiosa, ora melancólica ora radiosa, sobre as intempéries do seu alucinante coração. Sem mais, espero que gostem, comentem, reclamem, sugiram e até corrijam alguns impropérios desse jovem velho cantor. Que o ar fantasiante de Jacques Fant'Aisier se faça presente a todos e que acima de tudo reine a esperança por entre a correria e pragmatismo do nosso real mundo humano. Abraços a todos os visitantes!!!

2 de mai. de 2011

Aedo Reticente



Aedo Reticente

Adoro as reticências!
Não finalizam nada,
Não deixam registradas
Uma simples conclusão...

Ao invés disso
Nos presenteiam com o silêncio
Das horas indizíveis,
Dos segundos indefiníveis
Que reverberam no vazio.

No eco dos ruídos,
Balbucios são ouvidos:
São tentativas delirantes,
Sentidos flutuantes
Que não se encerram em si...

Fica sempre a sensação do não-dito,
Do que será que seria dito,
Na ausência de singela pontuação?

Sabe-se Deus o que virá...
E eu com minhas reticências
Findo agora o meu canto
Ou será mesmo que ele
Um dia acabará?
...

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