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Este é um espaço dedicado à exposição e divulgação de singelos poemas originários de um personagem fictício francês, inebriado de sonhos e embriagado com devaneios. O sobrenome de tal personagem é um trocadilho com a palavra "fantaisie" que significa devaneio em francês. Jacques é um aedo que teima em devanear por entre os não-lugares desse mundo, por sobre os valores há muito esquecidos e os sonhos que se encontram aturdidos nas malhas sócio-históricas nas quais nos encontramos. É um poeta de um mundo moderno que persiste em sua idealização idílica e fantasiosa, ora melancólica ora radiosa, sobre as intempéries do seu alucinante coração. Sem mais, espero que gostem, comentem, reclamem, sugiram e até corrijam alguns impropérios desse jovem velho cantor. Que o ar fantasiante de Jacques Fant'Aisier se faça presente a todos e que acima de tudo reine a esperança por entre a correria e pragmatismo do nosso real mundo humano. Abraços a todos os visitantes!!!

3 de mai. de 2011

Versões de Amor

Versões do amor.

Amar talvez seja um mero verbo intransitivo
Extático, vazio, utópico para nós mortais,
Cegos em nossa frenética busca
De tirana satisfação pessoal.

Amar sem complemento verbal
Tão normal aos nosso olhos pós-modernos
Abusar da carne descartavelmente...

Ou quem sabe amar seja algo do ar
Que não precise ser de todos de somente um.
É algo implícito ao funcionamento universal:
Uma aglomeração biológica de singulares partículas.

Ou talvez seja como a boca que beija
Dependente eterno de outros eus,
De outros valores e sentimentos
Respeito, confiança, lealdade,
Etceteras...

Talvez seja menos do que a fugaz erupção
De um ardente e passional vulcão
E muito mais próximo da temperança
Cíclica dos maviosos oceanos.

Seja intransitivo, organicamente abstrato
Ou dependente de um objeto direto ou indireto
Posso lhe dizer que tal verbo é por demais intangível
Em na estúpida, íntima e ínfima, concretude existencial
Do perene sujeito humano.


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