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Este é um espaço dedicado à exposição e divulgação de singelos poemas originários de um personagem fictício francês, inebriado de sonhos e embriagado com devaneios. O sobrenome de tal personagem é um trocadilho com a palavra "fantaisie" que significa devaneio em francês. Jacques é um aedo que teima em devanear por entre os não-lugares desse mundo, por sobre os valores há muito esquecidos e os sonhos que se encontram aturdidos nas malhas sócio-históricas nas quais nos encontramos. É um poeta de um mundo moderno que persiste em sua idealização idílica e fantasiosa, ora melancólica ora radiosa, sobre as intempéries do seu alucinante coração. Sem mais, espero que gostem, comentem, reclamem, sugiram e até corrijam alguns impropérios desse jovem velho cantor. Que o ar fantasiante de Jacques Fant'Aisier se faça presente a todos e que acima de tudo reine a esperança por entre a correria e pragmatismo do nosso real mundo humano. Abraços a todos os visitantes!!!

2 de mai. de 2011

O Sol entre nuvens


O sol entre nuvens

O sol tímido se fez
Presente entre nuvens
Assim como meu peito
Se comprime entre os sonhos...

Meus desejos são névoas, ilusões,
Tão distante das mãos,
Mas tão próximos da visão
Que ao levantar os olhos,
Em suave devaneio,
Quase que posso levemente os tocar.

E o ar tão denso e úmido
Vem adornar minh'alma em cores,
Vapores e olores mil...

Posso te dizer enfim,
Que meus olhos alucinam você,
Que meu corpo se revigora ao te ver
E que um novo sol:
Dourado, caloroso e tímido
Dentro de mim se faz nascer.

Minhas mãos anseiam as tuas,
Teus segundos ausentes
Se me fazem presentes
Num tempo pretérito
De mais de vinte e duas luas.

Meu olfato recria teu perfume,
Meus ouvidos reclamam a ausência
Da tua risonha voz.

Recrio, de teus olhos, o suave lume
E invento cenas magníficas
Do que fora um singelo instante.

Vá segue teu caminho
Mas não queiras que siga o meu sozinho.
Me deixe compartilhar tua cor, teu abrigo,
Me eleja teu heroi a salvar-te do perigo
Que espreita a tua vida em cada esquina.

Permita-me conhecer teu mundo
Que há de ser tão inefável e fecundo
Que há de, ao fim do dia, melhorar o meu.

E quando a noite enfim
Vier, trazendo consigo
Dor e frio e medo...,

Volva teu olhar a mim,
Faze do meu peito teu abrigo.
E, com ternura e suavidade,
Hei de te ajudar a recolorir
Teu ameaçado belo enredo. 

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