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Este é um espaço dedicado à exposição e divulgação de singelos poemas originários de um personagem fictício francês, inebriado de sonhos e embriagado com devaneios. O sobrenome de tal personagem é um trocadilho com a palavra "fantaisie" que significa devaneio em francês. Jacques é um aedo que teima em devanear por entre os não-lugares desse mundo, por sobre os valores há muito esquecidos e os sonhos que se encontram aturdidos nas malhas sócio-históricas nas quais nos encontramos. É um poeta de um mundo moderno que persiste em sua idealização idílica e fantasiosa, ora melancólica ora radiosa, sobre as intempéries do seu alucinante coração. Sem mais, espero que gostem, comentem, reclamem, sugiram e até corrijam alguns impropérios desse jovem velho cantor. Que o ar fantasiante de Jacques Fant'Aisier se faça presente a todos e que acima de tudo reine a esperança por entre a correria e pragmatismo do nosso real mundo humano. Abraços a todos os visitantes!!!

16 de mai. de 2011

Hoje


Hoje

Hoje, dia normal,
Piloto automático acionado
A comandar a calmaria abissal.

Chove e o tempo fica parado,
O sol aparece, mas não aquece,
O tédio reina e a tudo empobrece.

Mas eis que ao desacelerar
Me surge uma ínfima novidade:
Uma nesga de luz vem meu dia iluminar,
Vem colorir nova e gradualmente, toda cidade.

Vem perfumar minha emoção
E extasiar meu coração
É você doce Senhora...

A me salvar da tristeza do infinito
A expulsar o tédio tetro e maldito
E que, os meus mais íntimos domínios, melhora.

Com tua voz majestosa
E teu olhar inefável, beleza radiosa,
Me mostra que o que é de sempre
Não é o mesmo que o de todo dia.

A cada novo instante
Algo novo está nascendo
Cada segundo é mais que figurante,
É a sombra e a luz de algo acontecendo.

És tu Senhora, “dádiva da vida”,
Que todos chamam de presente
E que o tédio insiste em obsidiar.

Adornada com sonhos, és mais que querida,
Que repousas nas horas como bela semente
Perfumada com as ideias que estão no ar.

Esconde-te nas sombras das horas,
E só os breves segundos te podem mirar.
Em toda sua sutileza e fidalguia

Mostras tua face também àquele
Que os próprios gritos pretéritos e,
Do amanhã, seus agitos, é capaz de silenciar.

Brilhe em meu coração
Com teu lume sensível.
Deixe-me ouvir tua canção
Que à audição normal se faz inaudível...

Sinta o sonho meu que exalo no ar,
Ouça meu mudo canto a te louvar
E me presentei sempre com tua alva luz.

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