Quem sou eu

Minha foto
Este é um espaço dedicado à exposição e divulgação de singelos poemas originários de um personagem fictício francês, inebriado de sonhos e embriagado com devaneios. O sobrenome de tal personagem é um trocadilho com a palavra "fantaisie" que significa devaneio em francês. Jacques é um aedo que teima em devanear por entre os não-lugares desse mundo, por sobre os valores há muito esquecidos e os sonhos que se encontram aturdidos nas malhas sócio-históricas nas quais nos encontramos. É um poeta de um mundo moderno que persiste em sua idealização idílica e fantasiosa, ora melancólica ora radiosa, sobre as intempéries do seu alucinante coração. Sem mais, espero que gostem, comentem, reclamem, sugiram e até corrijam alguns impropérios desse jovem velho cantor. Que o ar fantasiante de Jacques Fant'Aisier se faça presente a todos e que acima de tudo reine a esperança por entre a correria e pragmatismo do nosso real mundo humano. Abraços a todos os visitantes!!!

6 de mai. de 2011

Demônio do meio-dia


O demônio do meio-dia

O fantasma da depressão me visita novamente
Ele me parece um vulto tal qual espírito de natal
A me perguntar o que eu fiz da minha vida
Quais meus planos e projetos de futuro.

Os meus troféus de ouro
Se tornaram mera pedra pirita
Os meus louros da vitória estão murchos,
Ilusória conquista, vergonhosa desdita...

E tudo ficou tingido de cinza...
Tudo cinza e uniforme,
Tudo morno e disforme.
Presente ausência de sentido.

Sou carcomido pelo ódio,
Destroçado pela culpa
E consumido pela solidão.
Aturdido pela desilusão,
Paralisado pelo medo
E desintegrado pelo orgulho negro...

A apatia ao meio-dia se faz mais forte.
E o isolamento torna-se meu companheiro.
Da trilha da alegria, sou mero passageiro;
Já na da tristeza, sou infeliz consorte.

Nenhum comentário:

Postar um comentário