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Este é um espaço dedicado à exposição e divulgação de singelos poemas originários de um personagem fictício francês, inebriado de sonhos e embriagado com devaneios. O sobrenome de tal personagem é um trocadilho com a palavra "fantaisie" que significa devaneio em francês. Jacques é um aedo que teima em devanear por entre os não-lugares desse mundo, por sobre os valores há muito esquecidos e os sonhos que se encontram aturdidos nas malhas sócio-históricas nas quais nos encontramos. É um poeta de um mundo moderno que persiste em sua idealização idílica e fantasiosa, ora melancólica ora radiosa, sobre as intempéries do seu alucinante coração. Sem mais, espero que gostem, comentem, reclamem, sugiram e até corrijam alguns impropérios desse jovem velho cantor. Que o ar fantasiante de Jacques Fant'Aisier se faça presente a todos e que acima de tudo reine a esperança por entre a correria e pragmatismo do nosso real mundo humano. Abraços a todos os visitantes!!!

14 de set. de 2011

Ressaca Visceral


Ressaca Visceral

Bebendo vinho sozinho
Me deparo com as mais duras
E dolosas e vaporosas
E ilusórias verdades...

Me encho de sutis alegrias
Sou palco de excentricidades
Sou estrada escura e fria
Rota marítima de extremidades.

Senhor de mim mesmo
Dono de um mundo idealizado.
Ser errante sem norte, a esmo,
Cheio de idéias mas em mim mesmo
Aprisionado.

Ressaca cruel
Que a tudo tinge de cinza.
Doce veneno, gostoso fel,
Que entorpece, desfaz a máscara,
Despedaça, sem piedade, rijo escudo.

Eleva meu ego de euforia
Sufoca-o levemente em nostalgia
A esperar uma sutil novidade.

E desidrato minh'alma dos sonhos
Ensaio socialmente rostos risonhos
Sou homem, sou fera,
Sou pura indecifrabilidade.

Um comentário:

  1. Me agrada muito o estilo da sua escrita.
    Achei genial todo o conteúdo, mas duas frases me chamam bastante atenção: "E desidrato minh'alma dos sonhos";
    "Sou pura indecifrabilidade."

    Bjo!

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