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Este é um espaço dedicado à exposição e divulgação de singelos poemas originários de um personagem fictício francês, inebriado de sonhos e embriagado com devaneios. O sobrenome de tal personagem é um trocadilho com a palavra "fantaisie" que significa devaneio em francês. Jacques é um aedo que teima em devanear por entre os não-lugares desse mundo, por sobre os valores há muito esquecidos e os sonhos que se encontram aturdidos nas malhas sócio-históricas nas quais nos encontramos. É um poeta de um mundo moderno que persiste em sua idealização idílica e fantasiosa, ora melancólica ora radiosa, sobre as intempéries do seu alucinante coração. Sem mais, espero que gostem, comentem, reclamem, sugiram e até corrijam alguns impropérios desse jovem velho cantor. Que o ar fantasiante de Jacques Fant'Aisier se faça presente a todos e que acima de tudo reine a esperança por entre a correria e pragmatismo do nosso real mundo humano. Abraços a todos os visitantes!!!

13 de jul. de 2011

Incerto Contento


Incerto contento...

Cortando o vento na estrada
Buscando quem sabe lá o que.
Talvez só o gosto mais nada
De não prever o que virá acontecer...

Levo um capacete extra como bagagem
Quem sabe alguma cabeça venha a usá-lo
Regresso só, percebo a estúpida miragem
Sem outro excesso de peso para eu carregá-lo.

Em cada esquina o semáforo verde se faz
E mantenho na inércia minha velocidade
E no rastro o desejo que a madrugada traz
De desbravar o que há de oculto na claridade.

Regresso à minha cascata gota a gota
Que insiste em se fazer mais que presente.
E molha, indecente, a minha alma rota
E também seca tal qual desejo, sem aviso,
Sorrateiramente.

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