Sonho de um errante
O sono quer me arrebatar
Da alma, a consciência
E assim, Morpheu me fará
Ter singelo contato por metáforas, à essência...
E sonhando posso então repousar
E brincar que, por sobre as nuvens, vôo.
E vejo mil coisas a se apresentar
E para o Imaginário, desnudo, vou.
Sonho, parente da Loucura,
Me leva agora a outros mundos,
Tornai verde a cinza desventura
Que deixa cicatrizes, me faz vil, imundo...
E evito o olhar alheio,
Me escondo, evito o passeio...
Ando nas ruas das causas desconexas.
E sofro a acidez do isolamento
E amaldiçoo meu próprio encarceramento
E componho dramas sem tramas complexas.
Me ajuda a fugir,
A escapar de mim mesmo;
Ao invés de fingir
Que não estou só, a esmo.
Em meu novo sonho sou rei
E você a senhora de tal reinado.
A ti, Musa, eu pedirei
Que me concedas em dourada bandeja
Teu nobre coração desejado.
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