O demônio do meio-dia
O fantasma da depressão me visita novamente
Ele me parece um vulto tal qual espírito de natal
A me perguntar o que eu fiz da minha vida
Quais meus planos e projetos de futuro.
Os meus troféus de ouro
Se tornaram mera pedra pirita
Os meus louros da vitória estão murchos,
Ilusória conquista, vergonhosa desdita...
E tudo ficou tingido de cinza...
Tudo cinza e uniforme,
Tudo morno e disforme.
Presente ausência de sentido.
Sou carcomido pelo ódio,
Destroçado pela culpa
E consumido pela solidão.
Aturdido pela desilusão,
Paralisado pelo medo
E desintegrado pelo orgulho negro...
A apatia ao meio-dia se faz mais forte.
E o isolamento torna-se meu companheiro.
Da trilha da alegria, sou mero passageiro;
Já na da tristeza, sou infeliz consorte.
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