Meu Sincero Intento
Amor,
Que palavra enfim o define?
Qual cantor, por fim,
Com singelos e perfeitos versos, o rime?
Posso dizer que é algo entre, no mínimo, dois,
E que em o seu simbolismo se revela uma ligação,
Não tão excitante e mortal quanto a paixão,
Mas nega a seriação e diz que o "um" se faz de dois.
É se mostrar nas virtudes e nos medos,
E ter as máscaras disformes pelo tempo,
E estar desnudo mantendo velhos segredos...
Em face das imperfeições, haver contento,
Ao ter contato direto com os defeitos alheios.
È dialogar e conquistar, ao invés de por arreios.
É cantar e rir nos tempos de alegria,
Emprestar ouvidos e ombros nos de melancolia.
È falar mais que com palavras, com simples olhar...
É algo de inexplicável,
Transcendental e inefável,
Só passível de se ter ao se doar...
È dedicar todos os sonhos
E todas as virtudes ao objeto amado.
È simplesmente devanear
Variadas formas desse desejo ser concretizado.
È espelhar-se naquilo que não se tem,
É mais que adorar e mais que querer bem.
É suportar mutuamente as dores da caminhada.
É estar para sempre unido
Em uma longa, sinuosa e bela jornada.
E curar com respeito e ternura, o pé dorido
Ao pisar nas pedras escondidas da estrada.
E quando as forças, diminuírem,
Acompanhado repousar no leito
E no amado peito fazer abrigo.
E ver as tristezas e desânimos ruírem
Quando com um olhar, de novo, se encantar
E saber que amas e que ela está a te amar.
A ti, Linda, dedico este canto,
A descrição que, do amor ,eu pude fazer,
Pois o teu olhar me infligiu tal encanto
E sempre em meus braços, quero te ter.
Peço a Chronos, senhor do Tempo,
Para, os nossos momentos, multiplicar.
Para eu por em ações o meu sincero intento:
De te amar...
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