Vento...
Leva, Vento,
Leva em boa hora
O que me causa desprazer
O que se faz desnecessariamente rijo
Em cada amanhecer.
Leva minha mágoa,
Meu ciúme, minha raiva,
Leva o veneno que corrói
Minh'alma.
Leva, Vento,
A névoa que turva
Meu mais límpido pensamento.
Afasta de mim a solidez
Que me impede de sonhar alto.
Leva em seu curso, vento,
O que me impede a liberdade.
Qualquer coisa que cerceia
A fluidez do meu movimento,
Tudo aquilo que me impede
O espiritual desenvolvimento.
Vento...
Arrasta em seu turbilhão
Toda e qualquer toxina,
Toda constante e crônica dor,
Toda e qualquer frustração...
E em suave brisa matutina,
Da mais inefável primavera,
Traga cor, vida, luz e pólen.
O verde motivador da esperança...
Nutriente primordial
Para adubar meu peito
E semear a felicidade e o amor
Em meu humano coração.
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