Os sete milagres da criação
Aurora, nascer do sol!
Com suaves raios, tal divino farol,
Em seu alvo encanto
A iluminar o planeta
Em todos os recantos...
O mar
Com suas ondas a emanar
A inefável brisa a nos acalmar
Dos tormentos dos íntimos conflitos
Que ostentamos quando tristes e aflitos.
O perfume das rosas
Das margaridas, sândalo, jasmim
A nos preencher os pulmões.
Com frescores brancos, amarelos, rosas
Ao refletir as cores do belo jardim
Edênico, repleto de etéreas emanações.
A chuva a precipitar
Na terra sempre a renovar
A lavar do ar e da terra
Toxinas, impurezas...
O canto sublime dos pássaros
O companheirismo silencioso dos cães
A agudeza e manha dos felinos
A longevidade das tartarugas
A paciência das belugas
As piruetas dos golfinhos.
A queda íngreme das cachoeiras
O som desfilando pelos abismos
A espuma das suas corredeiras
O choque das água em maviosos sismos.
O nascimento
De um botão de flor
O florescimento de um novo amor...
De um novo matiz
De uma singela cor...
Vi surgir o lume do sorriso
A dissolver a tristeza, o duro siso.
A doce gênese de um novo ser,
A semente ínfima a amadurecer,
Tudo isso e mais um pouco
Faz surgir no peito o milagre sutil da vida.
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